quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Brasil negocia sua entrada na OCDE

O Brasil espera fazer parte da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o chamado clube dos ricos. O pedido foi feito em maio e pode ser aprovado em reuniões posteriores na organização. 

A OCDE consiste em um bloco que reúne os países mais ricos do mundo, mas também há países como o México e o Chile que já fazem parte do mesmo, o que acaba invalidando o título de clube dos ricos que ganhou ao longo dos anos. O intuito da organização é buscar políticas econômicas, sociais e de desenvolvimento que possam ser executadas por seus membros de forma transparente.

Nosso país já acompanha as reuniões do bloco há décadas, mas só agora resolveu solicitar o ingresso no bloco. Muito disso tem a ver com o receio do afastamento do Brasil dos países periféricos ou até mesmo com o BRICS, o que poderia arranhar um pouco a "vocação diplomática" que nosso país adquiriu ao longo dos anos, sempre transitando entre os mais diversos blocos e países ou mesmo mediando alguns conflitos. 

Já para o Brasil, o ingresso na OCDE poderia representar o alcance de políticas econômicas e administrativas positivas para a nossa economia, além de atrair mais investidores e alçar o Brasil a posições mais altas no cenário econômico e político mundial. 

Pesam contra isso, o fato de representar mais custos ao nosso país ao fazer parte do bloco, já que uma "mensalidade" é paga à organização, além do custo de manter um corpo diplomático junto ao bloco para nos representar. 

O pedido de ingresso ao bloco vem num momento em que nossa economia está bastante delicada, muito mais por conta do cenário político do que econômico (é bom que se diga), o que pode acabar dificultando a nossa entrada no bloco; ou, dependendo do ângulo em que se olhe, também pode ser vista como uma tentativa do país de mostrar que é capaz de se reerguer e integrar um bloco como a OCDE. 

Diante desta situação, há também o embarreiramento dentro do bloco por conta dos EUA que não são favoráveis a ampliação da OCDE. Contudo, dado o peso diplomático que (ainda) possuímos e os anos e anos acompanhando como não membro as reuniões da OCDE, podem se apresentar como fatores favoráveis a nossa aceitação no bloco. 

Até lá, mais reuniões acontecerão e teremos que esperar para ver o que o bloco decidirá.  

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