quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A urgência por um acordo em Paris

Antes de iniciar a postagem desta semana, queria me desculpar pelo atraso na mesma. Ontem estava sem internet e só conseguir regularizar a situação hoje. 
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Na semana passada, comecei falando sobre mais uma COP, a 21ª, que está sendo realizada em Paris, e alertei sobre mais um jogo de empurra que seria feito sobre um acordo que tem uma pressa enorme para ser feito, mas anda a "passos de formiga e sem vontade". 

Quase que no mesmo tom, o fantástico publicou no domingo passado uma reportagem que faz um alerta sobre a importância dessa COP 21. 

A reportagem apresenta inclusive um vídeo que projeta como diversas cidades litorâneas serão atingidas pelo aquecimento global. Embora, é bom deixar bem claro que este é um problema numa lista enorme onde podemos também citar a migração compulsória, a perda de biodiversidade, de terrenos agricultáveis, uma reconfiguração espacial de países com áreas litorâneas, além da perda de território, aumento das médias térmicas da Terra, entre outros. 

Enquanto isso, vemos que o acordo ainda emperra numa questão antiga sobre o que cada país deseja em relação ao mesmo. Se de um lado temos os países centrais acreditando que todos devam arcar com os custos de maneira igual, de outro temos os países periféricos e em desenvolvimento alegando que a maior parcela de culpa cabe aos países centrais e, portanto, o maior esforço para resolver essa solução deve partir deles através de financiamentos de pesquisas, compartilhamento de informações e desenvolvimento de tecnologias capazes de retardar esse quadro alarmante. 

Muitos creem que a saída é amenizar ao máximo as fontes poluentes, não para que elas deixem de poluir, mas para que poluam menos. Já outros acreditam que uma mudança de matriz energética pode ser o fio condutor deste acordo, reduzindo assim sensivelmente os níveis de poluição. 

Neste cabo de guerra parece não haver vencedores, pois ambos estão corretos em suas posições; já que o certo seria que as mesmas se complementassem, e não fossem tratadas como opostos. 

Instalar filtros nas indústrias, obrigá-las a tratar seus rejeitos antes de despejá-los na natureza, por exemplo, é tão importante quanto investir no aproveitamento das energias solar e eólica em escala industrial, para que o custo de sua produção seja barateado e assim possamos realmente aproveitar uma energia limpa, sem grandes impactos ao meio ambiente. 

Além dessas medidas, somam-se leis ambientais mais rigorosas e que se façam cumprir através de uma fiscalização mais combativa e eficaz. Talvez uma universalização de leis ambientais em determinadas situações fosse também um grande avanço, desde que se respeite a soberania de cada país. 

Com um leque tão grande de sugestões e medidas, a costura de um acordo que guie o mundo na direção certa para reverter o agravamento do efeito estufa não parece ser um trabalho hercúleo. Mas enquanto esse cabo de guerra persistir, veremos inúmeras COPs que naufragarão junto com as cidades litorâneas das animações do link acima; e o nosso planeta, com isso, vai pelo mesmo caminho...

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