quinta-feira, 13 de novembro de 2014

China e EUA assinam acordo "histórico" pelo meio ambiente.

Parece mentira, mas não é. Foi anunciado ontem um acordo entre China e EUA para a redução das emissões de CO2 entre as duas nações. 

Os dois países mais poluidores do planeta selaram o acordo que vinha sendo conversado desde a última cúpula do clima em 2009 (aliás, a tábua de salvação dessa cúpula foi esse acordo) e que deve ser assinado no ano que vem, em Paris. Ambos prometem reduzir entre 20% a 30% de suas emissões até 2025, para os EUA, e 2028, para a China. 

O acordo foi celebrado pela comunidade científica que o considera um importante passo para frear o aquecimento global e impedir que suas consequências cheguem a níveis catastróficos e irreversíveis (como o derretimento das calotas polares, aumento do nível dos oceanos, desaparecimento de cidades litorâneas, perda de biodiversidade, etc...). Embora alguns defendam que os números foram bem tímidos, para países que juntos emitem 40% do CO2 lançado na atmosfera do planeta, o acordo deve ser sim  muito comemorado. 

Pelos dois lados o foco deve ser a implementação de energias renováveis. Principalmente pelo lado chinês, cuja base energética está saindo do carvão mineral e caminhando para as hidrelétricas com a construção da hidrelétrica de três gargantas que, quando pronta, será a maior hidrelétrica do mundo. 

Porém uma resistência maior aponta para o lado norte-americano. Apesar de ter firmado um acordo de 10 anos, Obama só tem mais dois te mandato e a oposição, maioria no congresso e no senado, já demonstrou ser cética quanto ao aquecimento global. Para eles essas medidas vão comprometer a geração de empregos nos EUA (sim... Nobre leitor, você já ouviu algo muito parecido em 97, durante a recusa deste mesmo país em assinar o Protocolo de Kyoto...), além de ser uma passada de bastão (na interpretação deles, bastão = problema) para o próximo presidente que deverá cumprir este acordo. Não a toa, as contribuições de Obama para o meio ambiente vieram de decretos presidenciais sem muita cooperação dos congressistas.  

Se é insuficiente ou não, o que importa é que um importante passo foi dado pelos dois países, que resolveram parar de trocar acusações e agora cooperam para melhorar o clima no planeta. O mundo agradece e espera que ambos cumpram com o acordo. Mas é bom lembrar que apesar dos dois países serem os maiores poluidores do planeta, eles não poluem sozinhos. Todos devem fazer a sua parte e tomar medidas que combatam o aquecimento global e reduzam o agravamento do efeito estufa, antes que seja tarde demais para o planeta. 

Com informações da Carta Capital

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