segunda-feira, 19 de setembro de 2011

BRICS e a inversão dos papéis que estávamos acostumados a ver

Na semana passada os países compostos pelo BRICS se reuniram nos EUA para discutirem uma forma de ajudar a União Europeia a passar pela crise que enfrentam. 

Uma das saídas propostas pelo grupo é tentar comprar mais títulos em euros.  A reunião que definirá maiores estratégias ocorrerá nos dias 23 a 25 de Setembro na reunião anual do FMI. 

Se olharmos para trás, no começo da década de 90 para ficar só no nosso caso (Brasil), vamos ver que ocorria justamente ao contrário. Eram países europeus, em menor parte se comparado aos EUA mas havia ajuda por parte dos mesmos, que nos ajudavam a nos reerguer da crise que vivemos em 80 e agora somos nós que os ajudamos. 

O mesmo pode se dizer em relação a Rússia, Índia, China e África do Sul. Tempos atrás eram eles que eram ajudados por esses países que agora eles tentam ajudar... Realmente e mundo dá voltas e quem poderia prever que isso aconteceria ?

Vemos aqui, mais uma vez, como o capitalismo vive de ciclos. Desta vez podemos observar a hegemonia econômica passando do "Norte" para o "Sul", mesmo que de forma sutil, mas que não tardará a acontecer encerrando assim um ciclo onde o "Norte" era hegemônico, passando agora a ser o "Sul"...

Os países do grupo conhecido como Brics vão discutir, nos Estados Unidos, na próxima semana, formas de ajudar a União Europeia a enfrentar a crise econômica, informou nesta terça-feira 13 o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “O Brics vai se reunir na semana que vem, em Washington, durante um encontro, e nós vamos discutir como fazer para ajudar a União Europeia a sair dessa situação”, disse Mantega ao chegar ao Ministério da Fazenda.

O Brics é formado pelo Brasil, pela Rússia, pela Índia, pela China e pela África do Sul e tem se destacado pela maneira como tem conseguido, desde 2008, enfrentar a crise. A alternativa que poderá ser discutida no encontro em Washington é a elevação da participação de títulos em euros nas reservas internacionais desses países.

Na semana que vem, entre os dias 23 e 25, presidentes de bancos centrais e ministros de Finanças estarão reunidos em Washington para a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Eles vão discutir a crise global, principalmente a situação da Europa, com destaque para a Grécia.
Na segunda-feira 12, técnicos do FMI admitiram que previsões mais bem elaboradas poderiam ter alertado com maior antecedência para a crise da dívida grega. Segundos os técnicos do fundo, os estudos devem levar em conta a preocupação com a sustentabilidade dos débitos – se os países têm condições de arcar com o endividamento.

Extraído de cartacapital.com.br

 

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