quinta-feira, 10 de junho de 2010

Se errar é humano persistir no erro é da ONU

Como já era de se esperar a ONU, leia-se os EUA, atropelaram o acordo feito pelo Brasil e pela Turquia com o Irã e votaram na última quarta-feira a favor de uma nova rodada de sanções contra o país; já é a quarta rodada.


NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta quarta-feira uma quarta rodada de sanções contra o Irã por conta do programa nuclear da República Islâmica, que o Ocidente suspeita ter objetivo de desenvolver armas atômicas.

Foram 12 votos a favor da resolução. O Líbano se absteve, enquanto Turquia e Brasil votaram contra.

Os 15 países do Conselho se reuniram para votar a proposta de resolução, resultado de cinco meses de negociações entre EUA, Grã-Bretanha, França, China, Rússia e Alemanha.

As quatro potências ocidentais queriam medidas mais duras, inclusive contra o setor energético iraniano, mas Pequim e Moscou conseguiram diluir as punições previstas no documento de dez páginas.

A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse na terça-feira no Equador que estas serão "as sanções mais significativas que o Irã jamais enfrentou".

O Irã rejeita as acusações ocidentais, alegando que suas atividades de enriquecimento de urânio estão voltadas apenas para fins pacíficos, como geração de energia e pesquisas médicas.

A resolução prevê restrições a mais bancos iranianos no exterior, caso haja suspeita de ligação deles com programas nuclear ou de mísseis. Estabelece também uma vigilância nas transações com qualquer banco iraniano, inclusive o Banco Central.

Além disso, ela amplia o embargo de armas contra o Irã e cria entraves à atuação de 18 empresas e entidades, sendo três delas ligadas às Linhas de Navegação da República Islâmica do Irã, e as demais vinculadas à Guarda Revolucionária.

A resolução estabelece também um regime de inspeção de cargas, semelhante ao que já existe em relação à Coreia do Norte.

Paralelamente à resolução, 40 empresas serão acrescidas a uma lista pré-existente de empresas com bens congelados no mundo todo, por suspeita de colaboração com programas nuclear e de mísseis do Irã.

No mês passado, Brasil e Turquia mediaram um acordo de intercâmbio de material nuclear do Irã, na esperança de que isso desse espaço a mais negociações e evitasse as novas sanções.

EUA e seus aliados, no entanto, disseram que o acordo não altera a recusa do Irã em abandonar o enriquecimento de urânio, conforme exigiam cinco resoluções anteriores do Conselho de Segurança.


Extraído de msn.com.br

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